sábado, 31 de março de 2018

A PÁSCOA verdaeira...




“Assim, pois, o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor.”  (Êx 12.11)

CONTEXTO HISTÓRICO
Desde que Israel partiu do Egito em cerca de 1445 a.C., o povo hebreu (posteriormente chamado “judeus”) celebra a Páscoa todos os anos, na primavera (em data aproximada da sexta-feira santa). Depois de os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó passarem mais de quatrocentos anos de servidão no Egito, Deus decidiu libertá-los da escravidão. Suscitou Moisés e o designou como o líder do êxodo (3 - 4). Em obediência ao chamado de Deus, Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem divina: “Deixa ir o meu povo.” Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte do Senhor, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito. No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas. Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (12.12).
Visto que os israelitas também habitavam no Egito, como poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor emitiu uma ordem específica ao seu povo; a obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tinha de tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia quatorze do mês de Abibe; famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (12.4). Parte do sangue do cordeiro sacrificado, os israelitas deviam aspergir nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas (daí o termo Páscoa, do hb. pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”). Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29).
Naquela noite específica, os israelitas deviam estar vestidos e preparados para viajar (12.11). A ordem recebida era para assar o cordeiro e não fervê-lo, e preparar ervas amargas e pães sem fermento. Ao anoitecer, portanto, estariam prontos para a refeição ordenada e para partir apressadamente, momento em que os egípcios iam se aproximar e rogar que deixassem o país. Tudo aconteceu conforme o Senhor dissera (12.29-36). 
A PÁSCOA NA HISTÓRIA ISRAELITA
A partir daquele momento da história, o povo de Deus ia celebrar a Páscoa toda primavera, obedecendo às instruções divinas de que aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz. Antes da construção do templo, em cada Páscoa os israelitas reuniam-se segundo suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam todo fermento de suas casas e comiam ervas amargas.
Mais importante: recontavam a história de como seus ancestrais experimentaram o êxodo milagroso na terra do Egito e sua libertação da escravidão ao Faraó. Assim, de geração em geração, o povo hebreu relembrava a redenção divina e seu livramento do Egito (ver 12.26 nota). Uma vez construído o templo, Deus ordenou que a celebração da Páscoa e o sacrifício do cordeiro fossem realizados em Jerusalém (Dt 16.1-6). O AT registra várias ocasiões em que uma Páscoa especialmente relevante foi celebrada na cidade santa (2Cr 30.1-20; 35.1-19; 2Rs 23.21-23; Ed 6.19-22).
Nos tempos do NT, os judeus observavam a Páscoa da mesma maneira. O único incidente na vida de Jesus como menino, que as Escrituras registram, foi quando seus pais o levaram a Jerusalém, aos doze anos de idade, para a celebração da Páscoa (Lc 2.41-50). Posteriormente, Jesus ia cada ano a Jerusalém para participar da Páscoa (Jo 2.13). A última Ceia de que Jesus participou com os seus discípulos em Jerusalém, pouco antes da cruz, foi uma refeição da Páscoa (Mt 26.1, 2, 17-29). O próprio Jesus foi crucificado na Páscoa, como o Cordeiro pascoal (cf. 1Co 5.7) que liberta do pecado e da morte todos aqueles que nEle crêem.
Os judeus hoje continuam celebrando a Páscoa, embora seu modo de celebrá-la tenha mudado um pouco. Posto que já não há em Jerusalém um templo para se sacrificar o cordeiro em obediência a Dt 16.1-6, a festa judaica contemporânea (chamada Seder) já não é celebrada com o cordeiro assado. Mas as famílias ainda se reúnem para a solenidade. Retiram-se cerimonialmente das casas judaicas, e o pai da família narra toda a história do êxodo. 
A PÁSCOA E JESUS CRISTO
Para os cristãos, a Páscoa contém rico simbolismo profético a falar de Jesus Cristo. O NT ensina explicitamente que as festas judaicas “são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17; Hb 10.1), i.e., a redenção pelo sangue de Jesus Cristo. Note os seguintes itens em Êxodo 12, que nos fazem lembrar do nosso Salvador e do seu propósito para conosco.
(1) O âmago do evento da Páscoa era a graça salvadora de Deus. Deus tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2.8-10; Tt 3.4,5).
(2) O propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar da morte o filho primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue de Cristo na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de Deus contra o pecado (12.13, 23, 27; Hb 9.22). 
(3) O cordeiro pascoal era um “sacrifício” (12.27) a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à morte do crente (ver Rm 3.25 nota). Paulo expressamente chama Cristo nosso Cordeiro da Páscoa, que foi sacrificado por nós (1Co 5.7).
(4) O cordeiro macho separado para morte tinha de ser “sem mácula” (12.5); esse fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito Filho de Deus (Jo 8.46; Hb 4.15). 
(5) Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1Co 10.16,17; 11.24-26). Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz. Realizamos em continuação a Ceia do Senhor como um memorial, “em memória” dEle (1Co 11.24). 
(6) A aspersão do sangue nas vergas das portas era efetuada com fé obediente (12.28; Hb 11.28); essa obediência pela fé resultou, então, em redenção mediante o sangue (12.7, 13). A salvação mediante o sangue de Cristo se obtém somente através da “obediência da fé” (Rm 1.5; 16.26).
(7) O cordeiro da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos (12.8). Uma vez que na Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção (ver 13.7 nota; Mt 16.6 nota; Mc 8.15 nota), esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito, i.e., o mundo e o pecado (ver 12.15 nota). 
Semelhantemente, o povo redimido por Deus é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a Deus.
Estudo Doutrinário extraído da Bíblia de Estudo PentecostalUma Publicação CPAD

segunda-feira, 26 de março de 2018

Pastor preso por suposta homofobia em pregação na rua é liberado sem nenhuma acusação

Um pregador de rua que foi preso em Londres última terça-feira, 20 de março, sob acusação de homofobia, e obrigado a prestar depoimento na delegacia, terminou liberado sem acusação de crimes.
David Lynn, um pastor canadense, foi detido do lado de fora da estação de metrô de Barking, zona leste da capital inglesa, depois que uma mulher que passava por ali disse a policiais que ele estava fazendo comentários homofóbicos.
Lynn nega que ele tenha chamado uma mulher homossexual de “perversa” e “pecadora” ao dizer às pessoas que pararam para ouvir sua pregação, que era centrada na mensagem de que o amor só pode ser verdadeiramente encontrado através de um relacionamento correto com Jesus.
“O que aconteceu na terça-feira me chocou, e agradeço ao Christian Legal Center (CLC) por responder imediatamente à minha prisão e me ajudar a evitar ser acusado”, afirmou o pastor David Lynn, segundo informações do portal Premier.
Os advogados que deram assistência ao pastor disseram que ele foi preso sem ter a oportunidade de explicar seu relato do que aconteceu, e acrescentaram a informação de que a Polícia admitiu que os policiais estavam errados em prendê-lo e lamentaram que ele tenha sido mantido preso por 20 horas na Base de Custódia Fresh Wharf em Barking.
A executiva-chefe da CLC, Andrea Williams, disse: “A prontidão da polícia para prender David é outro exemplo da liberdade dos pregadores de rua sendo cerceada”, criticou.
“Estamos muito felizes por ele não ter sido acusado de compartilhar as boas novas de Jesus e continuamos empenhados em fornecer apoio jurídico especializado, gratuitamente, onde pregadores de rua enfrentem problemas com a Polícia”, acrescentou Andrea.
Com histórico de pregar às pessoas nas ruas há 22 anos, o pastor (que lidera a igreja Ministério Perdão de Cristo em Toronto) nunca teve problemas com a Justiça. Seus advogados enfatizaram que ele foi liberado na quarta-feira depois que a Polícia admitiu que estava errado em prendê-lo, já que nenhum crime foi cometido e ele não pôde dar sua versão dos fatos.


domingo, 25 de março de 2018

Comprometido ou Envolvido?


Significado de Compromisso é empenhar, arriscar, aventurar; expor a algum perigo. Empenhar a reputação.

 

Envolver: Cobrir, enrolar, embrulhar. Tomar parte.

 

O valor do Comprometimentos

         Quem é comprometido busca trabalhar e cumprir com sua sua obra até o fim, mesmo com o cansaço, sofrimento e em condições adversas. Vai fundo.

         Quem é comprometido segue seu líder, segue os passos de Jesus. O Comprometido reconhece sua posição humana. “Imperfeição”.

Quem é comprometido busca mais intimidade e um relacionamento verdadeiro e de fidelidade com Deus. A pessoa comprometida ama o seu próximo...

 Versiculos que falam sobre entrega e comprometimento com Deus.


Respondeu Jesus: " 'Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'. Este é o primeiro e maior mandamento. 
Mateus 22:37-38

"Se alguém vem a mim e ama seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. 
Lucas 14:26-27


Cristiano Luiz de Jesus - 

 

 


 

 


sexta-feira, 16 de março de 2018

ADCN Caldas Novas realiza Treinamento de Grupos Familiares




No último dia 14 de março teve inicio na sede da Assembléia de Deus – Minstério Madureira Em Caldas Novas, o treinamento de grupos familiares ministrados com a palavra de Deus pelo pastor Fabiano Pires - Goiânia. Durante 3 dias todos os participantes tiveram a oportunidade de aprender sobre o que são os Grupos Familiares e sobre as suas vertentes. Segundo o pastor Fabiano Pires os grupos familiares não possui mistério. É coisa simples. É um pequeno grupo de crentes em Cristo Jesus que se reúne semanalmente de casa em casa, em torno das Escrituras Sagradas, com o objetivo de estudar, orar, ganhar pessoas para Cristo, viver a doutrina dos Apóstolos, estreitar, desse modo, entre si, a comunhão que convém aos Santos em Cristo Jesus. 


Por que o nome de Grupo Familiar e não outro nome qualquer? Porque a ênfase da Bíblia está na família. De Gênesis a Apocalipse Deus trata com famílias. Desde Adão, Noé, Abraão, Jessé, José, o carcereiro de Filipos, Pedro e um grupo sem fim de homens que tiveram suas famílias, com todos esses vemos Deus tratando com famílias. E ao término da presente era da Graça, ainda ali, Deus estabelecerá o último Casamento, a última Família que será constituída de Cristo e a Igreja. Grupo Familiar, parece-nos, portanto, o melhor nome. 

Grupo Familiar tem base bíblica? Só tem. Em síntese, At.2.46 nos fala de reuniões de “casa em casa”. Ora, essas reuniões feitas em casas, não poderiam ser da igreja como um todo, pois que grande era o número de crentes membros da Igreja em Jerusalém. Em nenhuma casa poderia caber a igreja. Esta era muito grande. Portanto, Grupo Familiar é uma realidade existente desde o início da Igreja do Novo Testamento, no Pentecostes. Interessante é observar, que Saulo de Tarso “assolava a igreja, entrando pelas casas” (At.8.3). Saulo sabia que nas casas havia crentes. Também Atos 16.15 mostra que os apóstolos foram convidados por “Lídia da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura”, a qual estava na cidade de Filipos, para entrar na sua casa e ali ficar. 

quinta-feira, 15 de março de 2018

Ibope: maioria dos brasileiros quer presidente que creia em Deus e seja honesto, com pulso firme

As eleições de 2018 ainda não começaram oficialmente, porém, as pesquisas vêm mostrando que o brasileiro está expressando de forma mais clara suas convicções conservadoras. Pesquisa realizada pelo Ibope descobriu que a maioria quer um presidente que creia em Deus, tenha origem pobre e tenha alguma experiência prévia como administrador em uma prefeitura ou estado.
O relatório da pesquisa foi divulgano na última terça-feira, 13 de março, e apontou que 79% dos brasileiros concorda que é importante o presidente acreditar em Deus. Do total de entrevistados, 67% diz concordar totalmente com a necessidade de fé do mandatário, 12% considera parcialmente importante, enquanto 3% é indiferente. 7% discorda em parte, e 11% discorda totalmente, sendo que só 1% não teve uma resposta para a pergunta.
Segundo informações do portal Uol, o brasileiro, no entanto, é mais flexível a respeito de qual religião o candidato professa: somente 29% dos entrevistados acham muito importante que o candidato seja da mesma religião que eles.
Ainda de acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados preferem candidatos de família pobre, enquanto 38% discordou parcialmente da relevância dessa posição. 8% disseram que a origem do presidenciável é indiferente.

Sobre a experiência política, 72% dos eleitores disseram que consideram importante que um candidato à presidência tenha experiência prévia como prefeito ou governador. 


Honestidade

O brasileiro está cansado da corrupção. 87% dos entrevistados disseram que o presidenciável precisa ser honesto e não minta durante a campanha. Além disso, o postulante “nunca ter se envolvido em casos de corrupção” (84%), “transmitir confiança” (82%), “ter pulso firme, ser decidido” (76%) e “ser sério, ter postura de presidente” (76%).
A pesquisa, chamada “Retratos da Sociedade Brasileira – Perspectivas para as eleições de 2018”, foi realizada entre 7 e 10 de dezembro do ano passado, em 127 municípios, com duas mil pessoas.
Fonte - noticias.gospelmais.com.br

quarta-feira, 14 de março de 2018

Marco Feliciano pode voltar a presidir Comissão de Direitos Humanos e Minorias

Durante o seu primeiro mandato, o deputado federal Marco Feliciano ganhou projeção nacional ao assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.
Antes conhecido somente no meio evangélico, tornou-se notícia em todo o país por causa de seu enfrentamento com a militância do movimento LGBT. Além de perseguições que sofreu dentro do Parlamento, por parte dos deputados de esquerda, Feliciano viu manifestantes invadirem cultos onde ele pregava, e chegaram a ameaçar a vida de seus familiares.
Com o apoio do Podemos, seu novo partido, Feliciano deverá voltar à CDHM no mês que vem, quando ocorrerá a nova formação das comissões no Congresso. A principal vantagem do pastor é que ele pertence ao bloco com 8 membros formado por vários partidos (PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PODE/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB). 
Atualmente, a CDHM tem como presidente o deputado Paulão (PT/AL) e a 1º Vice-Presidente é Erika Kokay (PT/DF). Entre as pautas estão a “Criação de espaços de vivência específicos para travestis e transexuais em estabelecimentos penais”, de autoria de Jean Wyllys (PSOL) e a formalização do “Estatuto da Igualdade Racial”, proposto por Kokay.
Fonte - noticias.gospelprime 

domingo, 11 de março de 2018

As origens nazistas do terrorismo árabe moderno


Chuck Morse


A inspiração e as crenças políticas de Saddam Hussein, Yasser Arafat, Bin Laden, membros do Hamas e outros terroristas islâmicos remontam à época da II Guerra Mundial. Mais precisamente, a duas figuras centrais do período: Adolf Hitler e Amin al-Husseini, o então grão-mufti* de Jerusalém. Muito se escreveu sobre o mufti, e tudo foi muito bem documentado, incluindo capítulos de autores notáveis como Connor Cruise O’Brien, ex-embaixador da Irlanda na ONU. Existem pilhas de evidências documentadas e abertas ao público, para qualquer um que queira verificá-las.
Os julgamentos de Nuremberg e de Eichmann revelaram que, em 1937, o oficial nazista Adolf Eichmann encontrou-se na Palestina com o mufti, que na época havia sido nomeado pelos britânicos. Após o encontro, o mufti tornou-se praticamente um agente da Alemanha nazista encarregado de financiar e criar organizações pró-nazistas no Egito, na Síria, na Palestina e no Iraque..
Em 1941, junto com Rashid Ali e Kharaillah Tulfah, tio e futuro sogro de Saddam Hussein, o mufti instigou um golpe pró-nazista no Iraque, com armas e aeronaves financiadas pelos nazistas. Após o fracasso do golpe, o mufti escapou para Berlim, onde teria o primeiro de uma série de encontros com Adolf Hitler. Relata-se que, nesse primeiro encontro, o mufti teria dissuadido Hitler da idéia de deportar os judeus para a Palestina. Ao invés disso, teria defendido – e talvez até sugerido – o que veio a tornar-se conhecido como a "solução final" contra os judeus. Mais tarde, em 1942, o mufti interveio para impedir os nazistas de trocar 10.000 crianças judias por prisioneiros de guerra nazistas.
As atividades do mufti na Alemanha nazista e na Europa ocupada prepararam o palco para o terrorismo islâmico da atualidade. Em 25 de abril de 1941, os nazistas enviaram o mufti para a Bósnia (então recentemente ocupada pelos alemães), onde assumiu o título de "Protetor do Islã". Em 10 de fevereiro de 1943, Hitler ordenou a criação da divisão Hanzar (ou "Handschar") na SS nazista, para a qual se apresentaram como voluntários aproximadamente 100 mil muçulmanos da Bósnia. Ocupando a posição de administrador-chefe, o mufti se referiu a essas brigadas de muçulmanos nazistas como "a nata do islã"..
Os Hanzars – o nome deriva de um tipo de adaga utilizada pelo exército do Império Otomano, a cimitarra – participaram ativamente do extermínio de cristãos e judeus nos Bálcãs. O mufti tentou implementar o "Plano Pejani" nazista, que proclamava a exterminação dos sérvios cristãos, e do qual Hitler acabou desistindo depois. No cômputo geral, os Hanzars muçulmanos da Bósnia cooperaram com o extermínio de aproximadamente 200 mil cristãos sérvios, 40 mil ciganos e 22 mil judeus.
Em 1943, Hitler nomeou o mufti para presidir um governo nazi-muçulmano no exílio. De seu centro de operações em Berlim, situado numa mansão confiscada de judeus, o mufti traçava o projeto de um campo de concentração para os judeus nas proximidades de Nablus (Palestina), planejado nos moldes de Auschwitz. Existem até fotos de uma visita do mufti a Auschwitz, acompanhado por Heinrich Himmler. A melhor expressão das atitudes nazistas em relação ao islã está, talvez, nas seguintes palavras, ditas pelo próprio Himmler: "Eu não tenho nada contra o islã, porque ele educa os homens desta divisão para mim e promete-lhes o paraíso, caso lutem e morram na batalha. Para os soldados, é uma religião bastante prática e atraente"..
Tendo como base financeira um fundo monetário também confiscado de judeus, conhecido como Sonderfund (Fundo Especial), o mufti estava instalado como diretor do Islamisches Zentralinstitut(Instituto Central Islâmico), criado pelos nazistas e sediado em Dresden, de onde pôde dar início ao processo de educação dos futuros líderes islâmicos na cartilha da ideologia nazista. Em março de 1944, em Berlim, o mufti proferiu um discurso para as tropas Hanzar com o intuito de estimulá-las à vitória, no qual bradou: "Matem os judeus onde quer que vocês os encontrem. Isso agrada a Alá, à História e à religião. Isso salvará a sua honra. Alá está com vocês". Nesse dia, os futuros terroristas islâmicos receberam suas ordens de ataque. (Chuck Morse, extraído de www.chuckmorse.com - http://www.beth-shalom.com.br)
* Chefe religioso muçulmano.
Fonte - Chamada da Meia Noite